segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Espectáculo Gatilho da Felicidade no Teatro Maria Matos

Fiz parte da performance Gatilho da Felicidade, uma criação de Ana Borralho e de João Galante, co-fundadores da associação cultural casaBranca. 
Podem ficar a conhecer melhor o trabalho destes dois criadores acedendo ao seu site oficial: http://anaborralhojoaogalante.weebly.com/
Estivémos em residência artística de 30 de Novembro a 20 de Dezembro, e de 5 a 17 de Janeiro, no Espaço Alkantara, em Santos.
O espectáculo esteve em cena nos dias 16, 17, 18 e 19 de Março de 2017. 
A premissa da criação deste foi a seguinte:

«Qual é o momento mais feliz da tua vida?
O que é o nada?
Qual foi a última app que te fez feliz?
Os insetos vão tomar conta da Terra depois de nós?
Por que é que eu tenho sempre razão?
E se a Terra parasse de girar?
Preferes uma Xbox ou uma Playstation?
Ainda é possível viver hoje numa caverna sem electricidade?
Por que é que há pessoas más?
Por que é que me estão sempre a interromper?
Preferes morrer afogado ou queimado?
Preferias uma semana sem internet, 4G, smartphone e computador ou um ano sem sexo e masturbação?
Por que é que ninguém me escreveu um e-mail hoje?
Será possível gostar demais de alguém?
Preferes um apocalipse zombie ou uma invasão extreterrestre?
Por que é que não me deixam em paz?
Será que vês o que eu vejo?
Não seria a Terra um lugar mais feliz sem nós?
Porque é que me acordaste para perguntar se estava a dormir?
Não tinhas em mente qualquer coisa mais radical?
Consegues ver as vaquinhas lá ao longe?
Não é uma tristeza nossa, que na tentativa de sermos realmente nós, não consigamos deixar felizes todos aqueles que não somos?
O que é que vocês sabem sobre mim?
Por que é que estamos aqui?»


Este espectáculo teve várias fases de criação, durante o seu processo, na qual experimentámos várias possibilidades criativas, até chegarmos ao seu resultado final.
Nele, foi-nos proposto "matarmo-nos", ao pressionarmos contra nós mesmos o gatilho de uma pistola, que poderia ou não disparar, na qual se encontrava um balão, na sua ponta. Se a pistola disparasse, o balão rebentava, e um pó colorido caía sobre as nossas caras. O "castigo" de a pistola ter disparado era respondermos a uma pergunta que se encontrava dentro do balão, com sinceridade. O intérprete teria de elaborar um discurso lógico e verdadeiro (no fundo, tinha de contar a sua história...), de modo a este ser percebido pela audiência. Este método de trabalho foi muito interessante, pois nunca me tinha relacionado com o meu 'eu', com a minha identidade, com as minhas vivências, de uma maneira tão autêntica numa criação artística, e isto enfatizou ainda mais a minha crença de que eu sou o meu próprio objecto artístico.
De modo a ficarem a conhecer melhor este projecto, podem aceder ao seguinte link - https://www.rtp.pt/noticias/cultura/gatilho-da-felicidade-de-ana-borralho-e-joao-galante-estreia-se-hoje-em-lisboa_n989155 -, no qual terão acesso a um artigo sobre o mesmo.
Através deste link, poderão aceder à folha de sala do espectáculo: http://www.teatromariamatos.pt/pt/prog/criancas-e-jovens/2016-2017/gatilhodafelicidade.
Gostei muito desta experiência, que irei guardar para sempre na minha memória. 
















Exercício Baal, de Bertolt Brecht

No 1.º Semestre do 2.º ano do Curso de Teatro - Ramo Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema, trabalhei a peça Baal, de Bertolt Brecht, com o professor e director da escola, Álvaro Correia.
Interpretei as personagens Dona de Casa e Mendigo.