terça-feira, 3 de outubro de 2017

Programa de Mobilidade ERASMUS + - Escola Rose Bruford College, em Londres

Neste momento, através do Programa de Mobilidade Erasmus + na Rose Bruford College (vide https://www.bruford.ac.uk/courses/actor-and-performer-training-ma-mfa/), num programa intitulado Actor and Performer Training, que faz equivalência com o primeiro semestre do terceiro ano da Escola Superior de Teatro e Cinema. 
Apesar de ser finalista de uma licenciatura em Teatro - Ramo Actores, entrei num programa de mestrado (MA) denominado Actor and Performer Training, direccionado pelo pedagogo, actor e director Gabriel Gawin (vide a sua biografia aqui: https://www.bruford.ac.uk/staff/profile/gabriel-gawin-ma-programme-director/). 
O primeiro módulo do programa, o qual irei frequentar, designa-se como The Advanced Actor. Este tem como objectivos estabelecer um grupo solidificado e coeso, de modo a potencializar um autêntico trabalho colectivo, porém o trabalho individual também é igualmente desenvolvido. O curso tem como preocupação desenvolver técnicas e capacidades vocais, físicas e intelectuais. O trabalho de canto, texto e de personagem também é uma prioridade no trabalho desenvolvido.  Tudo isto é acompanhado por uma prática teórica (Módulo 2 - Writing/Vade Mecum). Neste módulo é suposto conquistarmos uma escrita criativa e crítica, encontrarmos metodologias de trabalho, aprendermos a pensar o teatro de uma forma global, desenvolvermos considerações éticas e culturais, e investigar áreas do nosso interesse pessoal.  Iremos ter aulas no Theatre Delicatessen (Deli Studios), em Liverpool Street, e em St. Barnabas Arts Hall, em Dalston.
Podem visualizar o vídeo abaixo de modo a ficarem a conhecer melhor as premissas do curso.
Estou muito entusiasmada em relação a esta nova aventura! 









Oficina de Teatro Agora, Faz tu!, de Rui Catalão

Em Setembro de 2017, participei na Oficina de Teatro Agora, Faz tu!, na Biblioteca de Marvila, um bairro de Lisboa, direccionado pelo artista Rui Catalão (vide a sua biografia - https://www.artemrede.pt/v3/index.php/pt/espetaculos/arquivo/item/371-rui-catalao -,  e visualize este vídeo https://www.youtube.com/watch?v=puEwkj3aFx8). Este workshop esteve inserido nos dias de Marvila, uma parceria entre o Teatro Maria Matos e a Biblioteca de Marvila (vide http://www.teatromariamatos.pt/explorar/ep-04-especial-dias-de-marvila/ e http://visao.sapo.pt/actualidade/visaose7e/ver/2017-09-22-Os-Dias-de-Marvila-vao-por-o-bairro-lisboeta-no-mapa-das-artes).
Neste workshop abordámos o teatro como se de um jogo se tratasse. A premissa deste era fazer uma pergunta a outro participante, e este, num primeiro nível de exploração, teria que fazer outra pergunta a outro colega no seguimento da que lhe foi colocada, ou, num nível posterior, responder à resposta com a verdade, usando a sua biografia (a sua própria experiência ou a observação da experiência de outros). É como se, desta maneira, nos tornássemos actores dramaturgos. As perguntas devem ser atrevidas e "provocadoras", de modo a que as acções teatrais sejam interessantes. A maneira como narramos uma história também é muito importante, pois é através desta que conseguimos "agarrar" uma genuína e sincera atenção dos espectadores, tal como a relação que construímos com o público e com quem partilhamos o palco. É um jogo em que é necessário estarmos permanentemente activos e atentos, pois encontramo-nos a improvisar sobre regras previamente delineadas. É difícil explicar o trabalho De modo a perceberem melhor a dinâmica dos exercícios propostos, vide https://www.youtube.com/watch?v=Xf8R2Wlr6EY.
Este workshop teve como resultado um espectáculo apresentado na própria Biblioteca de Marvila, no qual os participantes partilharam o palco com actores que trabalham com o Rui Catalão há dois anos (https://www.viralagenda.com/pt/events/395672/rui-catalao-e-agora-nos e http://lisboanarua.com/lisboanarua/evento/e-agora-nos/). 
Foi uma experiência muito difícil e desafiante, mas igualmente enriquecedora.




1) Rui Catalão no workshop Agora, Faz tu! 
Fotografia de Catarina Gonçalves





2) Actores do espectáculo E Agora Nós! 




3) Foto de Ensaio




4) Eu com colegas do projecto




5) A receber indicações de Rui Catalão, após o espectáculo



Workshop O Sentido dos Mestres, com Juni Dahr, inserido no Festival Internacional de Teatro de Almada

Este ano, fui mais uma vez ao incrível Festival Internacional de Teatro de Almada, no qual tive oportunidade de frequentar um workshop direccionado pela igualmente fantástica actriz e encenadora norueguesa Juni Dahr (vide o seu percurso artístico aqui: http://www.imdb.com/name/nm0197233/?ref_=fn_al_nm_1). Juni Dahr fundou a sua própria companhia de teatro, algo que me fascina. Podem ficar a conhecê-la acedendo ao seguinte link: http://www.dahr.no/
Nas sessões de trabalho debruçámo-nos sobre o universo de Ibsen, repleto das suas misteriosas e "indecifráveis" personagens femininas. Juni Dahr ensinou-nos a sua complexa linguagem, ao confrontar-nos com o subtexto e as entrelinhas existentes nas suas peças. Juntámo-nos em pares e trios e trabalhámos duas cenas de Hedda Gabler, a peça com a qual Juni Dahr nos presentou no Festival de Teatro de Almada, nas quais explorámos o espaço e o texto. Este trabalho foi interessantíssimo, na medida em que, como espectadores das cenas dos colegas, observávamos que realmente estas cresciam (em termos de criação do ambiente da cena, da relação dos actores entre si, da sua interpretação, etc), de acordo com as indicações dadas por Juni Dahr. No workshop também fizémos vários exercícios físicos, de modo a nos conectarmos connosco próprios, e com o grupo. Sinto que aprendi muito neste workshop.
Podem ficar a conhecer a premissa deste workshop através da visualização desta página web:  http://www.ctalmada.pt/festivais/2017/actos_complementares.html
















1) Juni Dahr a interpretar Hedda Gabler, na Casa da Cerca, em Almada


segunda-feira, 26 de junho de 2017

Marcha do Alto do Pina'17

Fui assistente do ensaiador Jean Paul Bucchier (vide a sua biografia aqui: https://www.estc.ipl.pt/jean_paul_bucchieri/) nas Marchas do Alto do Pina, de Março a Junho de 2017.
Gosto imenso deste trabalho. É muito interessante gerir um grupo de quarenta e oito pessoas, na qual estas têm de estar em plena sintonia, em termos coreográficos, dirigir a orquestra, em termos de a sonoridade da música ter de estar em harmonia com a dança, criar uma coreografia tendo em conta a natureza dos figurinos e dos arcos, ter de corresponder às exigências artísticas da direcção da Marcha, etc.
Podem visualizar a prestação do Alto do Pina no Meo Arena através do seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=CqCz0kr9brQ
No vídeo abaixo, podem ver a coreografia da Marcha do Alto do Pina na Avenida.










                                         
                                                     1) Eu e a Madrinha, Filipa Cardoso







Exercício Hamlet, de William Shakespeare

No segundo semestre do segundo do curso de Teatro - Ramo Actores, da Escola Superior de Teatro e Cinema, trabalhámos a peça Hamlet, de William Shakespeare, com o professor Carlos Pessoa.
Interpretei a  primeira metade da personagem Hamlet num elenco, e a personagem Voltemando no outro elenco.
Fizemos este exercício no Grande Auditório da escola, algo que nos exigiu muito em termos de técnica vocal e corporal. É muito interessante trabalhar verso isabelino, pois a métrica é completamente diferente. Dizer as palavras escritas por Shakespeare, devido à sua ambiguidade e complexidade, é muito desafiante, mas também muito gratificante, pois, como actriz, é possível trabalhar muito o texto, de modo a torná-lo o mais dinâmico possível. 
Gostei muito deste processo. 

















Exercício As Luas de Brecht - Teatro Musical

Durante todo o segundo ano do curso de Teatro - Ramo Actores, da Escola Superior de Teatro e Cinema, estivémos a trabalhar na disciplina de Voz, com o professor João Henriques, músicas de Bertolt Brecht e da Ópera do Malandro, de Chico Buarque.
Foi um grande desafio. Para muitas pessoas, o acto de cantar pode ser assustador... é interessante perceber que cantar não se relaciona somente com saber cantar bem (em termos técnicos), mas também com o saber interpretar o que se está a cantar (a situação, as palavras, etc). Para mim, isto é um ponto crucial, que faz toda a diferença no desempenho de um actor/cantor.
Sinto que aprendi muito com este exercício. 
Neste momento, sentia-me capaz de fazer um trabalho, como actriz, em que fosse necessário saber cantar.













segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Espectáculo Gatilho da Felicidade no Teatro Maria Matos

Fiz parte da performance Gatilho da Felicidade, uma criação de Ana Borralho e de João Galante, co-fundadores da associação cultural casaBranca. 
Podem ficar a conhecer melhor o trabalho destes dois criadores acedendo ao seu site oficial: http://anaborralhojoaogalante.weebly.com/
Estivémos em residência artística de 30 de Novembro a 20 de Dezembro, e de 5 a 17 de Janeiro, no Espaço Alkantara, em Santos.
O espectáculo esteve em cena nos dias 16, 17, 18 e 19 de Março de 2017. 
A premissa da criação deste foi a seguinte:

«Qual é o momento mais feliz da tua vida?
O que é o nada?
Qual foi a última app que te fez feliz?
Os insetos vão tomar conta da Terra depois de nós?
Por que é que eu tenho sempre razão?
E se a Terra parasse de girar?
Preferes uma Xbox ou uma Playstation?
Ainda é possível viver hoje numa caverna sem electricidade?
Por que é que há pessoas más?
Por que é que me estão sempre a interromper?
Preferes morrer afogado ou queimado?
Preferias uma semana sem internet, 4G, smartphone e computador ou um ano sem sexo e masturbação?
Por que é que ninguém me escreveu um e-mail hoje?
Será possível gostar demais de alguém?
Preferes um apocalipse zombie ou uma invasão extreterrestre?
Por que é que não me deixam em paz?
Será que vês o que eu vejo?
Não seria a Terra um lugar mais feliz sem nós?
Porque é que me acordaste para perguntar se estava a dormir?
Não tinhas em mente qualquer coisa mais radical?
Consegues ver as vaquinhas lá ao longe?
Não é uma tristeza nossa, que na tentativa de sermos realmente nós, não consigamos deixar felizes todos aqueles que não somos?
O que é que vocês sabem sobre mim?
Por que é que estamos aqui?»


Este espectáculo teve várias fases de criação, durante o seu processo, na qual experimentámos várias possibilidades criativas, até chegarmos ao seu resultado final.
Nele, foi-nos proposto "matarmo-nos", ao pressionarmos contra nós mesmos o gatilho de uma pistola, que poderia ou não disparar, na qual se encontrava um balão, na sua ponta. Se a pistola disparasse, o balão rebentava, e um pó colorido caía sobre as nossas caras. O "castigo" de a pistola ter disparado era respondermos a uma pergunta que se encontrava dentro do balão, com sinceridade. O intérprete teria de elaborar um discurso lógico e verdadeiro (no fundo, tinha de contar a sua história...), de modo a este ser percebido pela audiência. Este método de trabalho foi muito interessante, pois nunca me tinha relacionado com o meu 'eu', com a minha identidade, com as minhas vivências, de uma maneira tão autêntica numa criação artística, e isto enfatizou ainda mais a minha crença de que eu sou o meu próprio objecto artístico.
De modo a ficarem a conhecer melhor este projecto, podem aceder ao seguinte link - https://www.rtp.pt/noticias/cultura/gatilho-da-felicidade-de-ana-borralho-e-joao-galante-estreia-se-hoje-em-lisboa_n989155 -, no qual terão acesso a um artigo sobre o mesmo.
Através deste link, poderão aceder à folha de sala do espectáculo: http://www.teatromariamatos.pt/pt/prog/criancas-e-jovens/2016-2017/gatilhodafelicidade.
Gostei muito desta experiência, que irei guardar para sempre na minha memória. 
















Exercício Baal, de Bertolt Brecht

No 1.º Semestre do 2.º ano do Curso de Teatro - Ramo Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema, trabalhei a peça Baal, de Bertolt Brecht, com o professor e director da escola, Álvaro Correia.
Interpretei as personagens Dona de Casa e Mendigo.